Secretario foi ontem(12) explicar como estão as finanças |
Mais uma vez, o secretário de Finanças afirmou que o Orçamento para 2013 deverá ficar em R$ 1,39 bilhão em vez do valor de R$ 1,6 bilhão divulgado anteriormente. Com menos dinheiro, a ordem do prefeito Pedro Bigardi (PCdoB) é rever todo o custeio e contratos da administração.
Segundo o secretário, há 6,9% do Orçamento destinado a investimentos. "É um número que vem decrescendo ao longo dos anos." Para diminuir o custeio, há ações sendo colocadas em prática, como a revisão do contrato da Cijun (Companhia de Informática de Jundiaí), que só no passado custou R$ 16 milhões aos cofres públicos. "Estamos revendo a forma de como a empresa fornece serviços e sua contratação."
Na mira da atual administração, também estão os aluguéis pagos pela prefeitura, custo de prestação de serviços da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e a realização de georreferenciamento, cujo contrato é de R$ 5,4 milhões, com serviço não concluído. O secretário salientou que não há reserva contingencial para processos em tramitação na Justiça. "Somente no Hospital São Vicente há R$ 161 milhões em dívidas tributárias e trabalhistas em discussão na Justiça." As isenções de multas para o pagamento de tributos atrasados também não terão mais vez. "Não podemos beneficiar o mau pagador."
Os vereadores não entenderam muito bem o que o secretário falou e acabaram polemizando para temas comuns. O pastor Roberto Conde (PRB) queria saber se acabariam as isenções para as igrejas. Paulo Galvão refutou a possibilidade. José Galvão Braga Campos , o Tico (PSDB), também quis saber se a prefeitura estava recorrendo dos processos contra o São Vicente, o que foi confirmado por Galvão.
Mesmo com dinheiro em caixa (R$ 33 milhões), o que preocupa, agora, é a rejeição das contas de 2011 por falta de aplicação dos 25% na Educação. "Sem a aprovação, não conseguimos as certidões para obter empréstimos estaduais e federais", explicou Galvão.
O ex-secretário de Finanças, José Antonio Parimoschi, em recente entrevista, negou irregularidades na sua pasta na gestão anterior. Segundo ele, foram aplicados 25% na educação, ao contrário do que é contestado.