sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Novo secretariado de Pedro Bigardi - Quase Completo.

                          Faltam apenas guarda Municipal e a novata Secretaria de segurança Pública

Secretaria da Casa Civil
José Carlos Pires (conhecido como Zeca) - Advogado, Homem forte do PC do B estadual, mora em Jundiaí há 1 ano e meio, nasceu na Bahia.

Secretaria de Saúde
Cláudio Miranda - Médico Cardiologista, candidato a prefeito (não eleito) pelo PMDB no segundo turno apoiou Bigardi.

Secretaria de Educação
Durval Orlato(PT) - Vice prefeito eleito, especula-se que ele pode deixar o cargo daqui um ano e dar a vaga para o Ex-prefeito de Várzea Paulista, Prof° Eduardo Tadeu também do PT. 

Secretaria de Obras
Júnior Aprillanti - Candidato a prefeito pelo PC do B em Várzea Paulista, não eleito.

Secretaria de Administração
Denis Crupe - Advogado, membro da equipe de transição. Filho de Osmil Crupe, ex-secretário de Trânsito do ex-prefeito Walmor , presidente do PSD em Jundiaí.

Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente
Daniela da Câmara - Arquiteta e Decoradora. 

Secretaria de Assistência Social
Marilena Negro(PT), funcionaria pública, vereadora eleita pelo Partido dos trabalhadores.

Secretaria de Transportes
Dinei Pasqualini - Doou 24 mil reais para a campanha de Pedro. Em seu currículo, está o monitoramento de projetos para a Copa de 2014 na cidade de São Paulo, a estruturação da APO (Autoridade Pública Olímpica) e estudos para diversos dos estádios em reforma por todo o país.

Secretaria de Recursos Humanos
Mary Fornari Marinho - Pós-graduada em Gestão Educacional, trabalhava antes na secretaria de ensino de Jundiaí.

Secretaria de Negócios Jurídicos
Edson Aparecido da Rocha - Ocupava o mesmo cargo na vizinha Várzea Paulista.

Secretaria de Serviços Públicos
Aguinaldo Leite - Ex - assessor do deputado federal Durval Orlato, estava trabalhando na administração petista na cidade de Porto Feliz. Membro do PT de Jundiaí. 

Secretaria de Esportes
Cristiano Lopes - Empresario, praticante de motocross, ex-candidato a vice prefeito junto com Pedro Bigardi, derrotado nas eleições de 2008.

Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Turismo Rural
Marcos Brunholi - Empresario da rede de restaurantes e adegas que leva seu sobrenome.

Secretaria de Comunicação Social
Cristiano Guimarães - Publicitário - Ex-chefe de gabinete do então deputado Pedro Bigardi.

Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência E Tecnologia
Marcelo Cereser - Empresario - Diretor da Castelo Alimentos e Conselheiro da Viti Vinícola Cereser.

Secretaria de Finanças
Paulo Roberto Galvão - Mestre em contabilidade, empresario do ramo.

Secretaria de Cultura
Tércio Marinho - Dançarino, presidente do PC do B de Jundiaí.

Coordenadoria de Igualdade Racial
Vanderlei Victorino (BA) - Coreografo, candidato derrotado pelo PSOL, no segundo turno apoiou Bigardi.

Coordenadoria de Apoio aos Conselhos Municipais
Eginaldo Honório - Advogado, candidato a vice prefeito ao lado de Ibis Cruz, no segundo turno apoiou Bigardi.

Ouvidoria Municipal

João Rocha - Presidente do pequeno e modesto PSL, partido que apoiou Pedro Bigardi nas eleições.

Procon
Adilton Garcia - Advogado, candidato a vereador pelo PPL e presidente do Partido na chapa do Pedro.

Companhia de Informática de Jundiaí (Cijun)
Gilberto Marcus Paulielo de Novaes - Empresario- atua na área de tecnologia desde 1995.

Diretor-Presidente DAE S/A
Jamil Yatim - Membro do PT de Jundiaí, ex-diretor financeiro do CEAGESP, suposta indicação do partido dos trabalhadores através de Paulo vieira, investigado na operação Porto Seguro, segundo a revista época. Trabalhou em Guarulhos, onde foi demitido por justa causa. Yatim nega.

Tv Educativa (TVE)
Thiago Godinho, ex-assessor do Vereador Durval Orlato, jornalista, ex -jornal de Jundiaí.

Guarda Municipal
Ainda não divulgado - Especulações dizem que será a delegada Fatima Giassetti.

Segurança Pública
Ainda não divulgado - Especulações dizem que será o delegado Paulo Sérgio Martins

Fumas(Fundação Municipal de Ação Social)
Rodrigo Mendes Pereira - Graduado em Direito pela USP. Atua no Terceiro Setor. Assessor jurídico e técnico em projetos sociais.

Iprejun(Instituto de Previdência de Jundiaí)
Eudis Urbano, Gerente Executivo do INSS Jundiaí


Escola de Governo
Marcelo Lo Monaco - Foi o coordenador do plano de governo do prefeito eleito Pedro Bigardi.

Defesa Civil
Coronel Carbonari - Coronel da policia militar do estado de São Paulo, candidato a vereador pelo PSL, não eleito.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Orgulho por ter mudado?

*Artigo de Marcio Ferrazzo

Menos pelo conteúdo que o atual prefeito Miguel Haddad disse recentemente em entrevista no Jornal de Jundiaí e mais pelo tom, o recado está transmitido: ele permanece no jogo e não deixará as pessoas esquecerem a contribuição que deu para a cidade até aqui – não muda de partido porque ele tem o DNA da mensagem a ser trabalhada.

Se a população resolveu exercer a saudável alternância de poder, não quer dizer que não credite ao longo e bem sucedido projeto político tucano, boa parte – se não a totalidade – dos méritos pelo sentimento de orgulho da cidade. O desafio de manter e transformar essa percepção será do tamanho da expectativa que o prefeito eleito, Pedro Bigardi, gerou na campanha eleitoral.

O orgulho de ser jundiaiense sempre foi o principal mote do PSDB para pregar o certo contra o duvidoso. Construiu isso com muita habilidade e só chegou ao segundo turno nesta eleição pela solidez desse alicerce – mesmo diante dos inúmeros errosna campanha, do desconhecimento do nome de seu candidato, Luiz Fernando Machado,perante os eleitores e do extremo desgaste natural pelos mais de 20 anos de poder.

Curioso o fato de que o slogan da campanha vitoriosa, “Confiança para Renovar”, poderia naturalmente ser utilizado por Machado. A própria frase reconhece o legado e propõe à cidade que, simplesmente, renove. Comum ouvir de muitos eleitores que não importava o motivo, mudar era preciso.

Derrotado quatro vezes na tentativa de chegar à chefia do Executivo, o prefeito do PCdoB terá agora que arcar com o ônus de governar uma cidade que não se contenta com pouco e construir na prática a imagem de bom gestor, conseguindo aliar o apetite naturalmente voraz de partidos há tantos anos na espreita com sua promessa de cortar significativamente os cargos em comissão e privilegiar nomes técnicos,por exemplo.

Cada nomeação de um secretário inexperiente ou reconhecido pela opinião pública como mera acomodação política poderá no caso de uma eventual crise do futuro governo, servir de munição para ser acusado de incompetente e fraco politicamente, o contraponto ideal para abastecer o grupo liderado por Haddad.

Bigardi não terá elementos para seguir os passos do ex-presidente Lula e demonizar seu antecessor. Mesmo com a grande contribuição dada ao país, Fernando Henrique Cardoso entregou o governo num período de crise econômica e, apesar dos significativos avanços institucionais, com uma das maiores desigualdades sociais do planeta.

Estratégia diversa foi usada por Bigardi em recente artigo publicado no Jornal Bom Dia Jundiaí, assinado em conjunto com sua futura secretária de Planejamento, Daniela Câmara, onde buscou ligar a paternidade do sucesso de Jundiaí a razões como a privilegiada localização geográfica e importantes períodos históricos, de certa forma buscando desconstruir a imagem projetada pelo PSDB.

Para desmontar a armadilha colocada adiante, o grupo político do futuro governo precisa ir além desse frágil discurso e materializar perante os olhos da população o porquê sua vitória foi necessária.Mesmo se conseguir manter o padrão administrativo, terá que mudar claramente práticas políticas e ser reconhecido por isso.

Márcio Ferrazzo é estudante e empresário, foi assessor especial da Juventude, presidente dos Novos Tucanos de Jundiaí e secretário estadual de Jovens Candidaturas do PSDB. Desde janeiro de 2012, se desligou do partido e da prefeitura.

Lula deu 'ok' a empréstimos do mensalão e recebeu de esquema, diz Valério

Novas acusações fazem parte de depoimento prestado por empresário mineiro à Procuradoria-Geral da República em 24 de setembro, dias após ser condenado pelo STF


O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza disse no depoimento prestado em setembro à Procuradoria-Geral da República que o esquema do mensalão ajudou a bancar "despesas pessoais" de Luiz Inácio Lula da Silva. Em meio a uma série de acusações, também afirmou que o ex-presidente deu "ok", em reunião dentro do Palácio do Planalto, para os empréstimos bancários que viriam a irrigar os pagamentos de deputados da base aliada.

Beto Barata/AE
Freud e Lula na Granja do Torto no fim de 2002
Valério ainda afirmou que Lula atuou a fim de obter dinheiro da Portugal Telecom para o PT. Disse que seus advogados são pagos pelo partido. Também deu detalhes de uma suposta ameaça de morte que teria recebido de Paulo Okamotto, ex-integrante do governo que hoje dirige o instituto do ex-presidente, além de ter relatado a montagem de uma suposta "blindagem" de petistas contra denúncias de corrupção em Santo André na gestão Celso Daniel. Por fim, acusou outros políticos de terem sido beneficiados pelo chamado valerioduto, entre eles o senador Humberto Costa (PT-PE).

A existência do depoimento com novas acusações do empresário mineiro foi revelada peloEstado em 1.º de novembro. Após ser condenado pelo Supremo como o "operador" do mensalão, Valério procurou voluntariamente a Procuradoria-Geral da República. Queria, em troca do novo depoimento e de mais informações de que ainda afirma dispor , obter proteção e redução de sua pena. A oitiva ocorreu no dia 24 de setembro em Brasília - começou às 9h30 e terminou três horas e meia depois; 13 páginas foram preenchidas com as declarações do empresário, cujos detalhes eram mantidos em segredo até agora.

O Estado teve acesso à íntegra do depoimento, assinado pelo advogado do empresário, o criminalista Marcelo Leonardo, pela subprocuradora da República Cláudia Sampaio e pela procuradora da República Raquel Branquinho.

Valério disse ter passado dinheiro para Lula arcar com "gastos pessoais" bem no início de 2003, quando o petista já havia assumido a Presidência. Os recursos foram depositados, segundo o empresário, na conta da empresa de segurança Caso, de propriedade do ex-assessor da Presidência Freud Godoy, uma espécie de "faz-tudo" de Lula.

O operador do mensalão afirmou ter havido dois repasses, mas só especificou um deles, de aproximadamente R$ 100 mil. Ao investigar o mensalão, a CPI dos Correios detectou, em 2005, um pagamento feito pela SMPB, agência de publicidade de Valério, à empresa de Freud. O depósito foi feito, segundo dados do sigilo quebrado pela comissão, em 21 e janeiro de 2003, no valor de R$ 98.500.

Segundo o depoimento de Valério, o dinheiro tinha Lula como destinatário. Não há detalhes sobre quais seriam os "gastos pessoais" do ex-presidente.

Ainda segundo o depoimento de setembro, Lula deu o "ok" para que as empresas de Valério pegassem empréstimos com os bancos BMG e Rural. Segundo concluiu o Supremo, as operações foram fraudulentas e o dinheiro, usado para comprar apoio político no Congresso no primeiro mandato do petista na Presidência.

No relato feito ao Ministério Público, Valério afirmou que no início de 2003 se reuniu com o então ministro da Casa Civil, José Dirceu, e o tesoureiro do PT à época, Delúbio Soares, no segundo andar do Palácio do Planalto, numa sala que ele descreveu como "ampla" que servia para "reuniões" e, às vezes, "para refeições".

Ao longo dessa reunião, Dirceu teria afirmado que Delúbio, quando negociava com Valério, falava em seu nome e em nome de Lula. E acertaram, ainda segundo Valério, os empréstimos.

Nessa primeira etapa, Dirceu teria autorizado o empresário a pegar até R$ 10 milhões emprestados. Terminada a reunião, contou Valério, os três subiram por uma escada que levava ao gabinete de Lula. Lá, na presença do presidente, passaram três minutos. O empresário contou que o acerto firmado minutos antes foi relatado a Lula, que teria dito "ok".

Dias depois, Valério relatou ter procurado José Roberto Salgado, dirigente do Banco Rural, para falar do assunto. Disse nessa conversa que Dirceu, seguindo orientação de Lula, havia garantido que o empréstimo seria honrado. A operação foi feita. Valério conta no depoimento que, esgotado o limite de R$ 10 milhões, uma nova reunião foi marcada no Palácio do Planalto. Dirceu o teria autorizado a pegar mais R$ 12 milhões emprestados.

Portugal Telecom. Em outro episódio avaliado pelo STF, Lula foi novamente colocado como protagonista por Valério. Segundo o empresário, o ex-presidente negociou com Miguel Horta, então presidente da Portugal Telecom, o repasse de recursos para o PT. Segundo Valério, Lula e o então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, reuniram-se com Miguel Horta no Planalto e combinaram que uma fornecedora da Portugal Telecom em Macau, na China, transferiria R$ 7 milhões para o PT. O dinheiro, conforme Valério, entrou pelas contas de publicitários que prestaram serviços para campanhas petistas.

As negociações com a Portugal Telecom estariam por trás da viagem feita em 2005 a Portugal por Valério, seu ex-advogado Rogério Tolentino, e o ex-secretário do PTB Emerson Palmieri.

Segundo o presidente do PTB, Roberto Jefferson, Dirceu havia incumbido Valério de ir a Portugal para negociar a doação de recursos da Portugal Telecom para o PT e o PTB. Essa missão e os depoimentos de Jefferson e Palmieri foram usados para comprovar o envolvimento de José Dirceu no mensalão.

Pesquisar matérias anteriores