Catedral da Matriz, Centro de Jundiaí |
Por Jones Henrique Martins.
Foto: Alexandre MartinsO número de moradores de rua em nossa cidade cresceu drasticamente nos últimos anos, o que aponta esse dado não é nenhuma pesquisa formal do IBGE, mas sim as diversas vezes que nos deparamos com alguém pedindo dinheiro na janela do nosso carro ou deitado em alguma calçada esperando um dia que possivelmente nunca chegará.
Eles são imperceptíveis aos olhos da maioria dos que passam, que se acostumaram a seguir a rotina sem parar para ouvir as vozes que vêm das calçadas. Esses "vultos" quase sempre têm famílias, tiveram emprego, uma casa, um propósito. Quando são notadas quase sempre é porque se tornaram um incômodo, ou uma ameaça.
As historias são parecidas, os motivos por estarem nessas situações também. O consumo de drogas licitas e ilícitas como álcool e crack fazem esses seres humanos perderem toda a dignidade que ainda lhes restam para disputar uma sobra de comida ou uma moeda para viver mais um dia.
Sobreviver nas ruas é uma conquista individual e "mais uma vez" cotidiana, em que cada dia é mais um dia, em que a garantia da própria vida é lucro em relação ao que se pode esperar do futuro. Mesmo assim, sobreviver nestas condições é visto como alternativa real e possível no ponto de vista de quem vive nas ruas. A violência é apenas mais um fator da luta pela sobrevivência. O que fazer?
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