segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Plano Diretor ganha destaque pelos debatedores


Após a palestra do urbanista português Nuno Portas, o Seminário Internacional abriu espaço para a diretora de planejamento da Emplasa (Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano S.A.), Rovera Negreiros, e do prefeito de Maringá, Silvio Magalhães Barros, terminando a parte da manhã com uma sessão de perguntas e respostas, envolvendo o público, debatedores, além do palestrante.
Rovera Negreiros, Nuno Portas e Silvio Magalhães Barros
Dentre os questionamentos, Rovera Negreiros abordou a regionalização do Estado de São Paulo para lembrar a Aglomeração Urbana da qual Jundiaí faz parte e que está para ser aprovada na Assembléia Legislativa do Estado. Para ela, é importante a participação dos municípios neste processo, para ajudar no desenvolvimento da região. “Gostaria e fazer uma sugestão, aqui, para que o Plano Diretor de Jundiaí tenha um capítulo especial sobre o papel regional da cidade dentro do Aglomerado Urbano. É fundamental este capítulo, colocando Jundiaí como cidade pólo para ser, no futuro, cidade-líder de região metropolitana.”
Palestrante e debatedores respondem questões do público
Ela lembrou que, enquanto a economia vem crescendo muito ultimamente, a população das cidades praticamente se mantém estável. “Algumas cidades, segundo o último Censo, tiveram crescimento negativo de população”, afirmou ela.
O prefeito de Maringá, Silvio Magalhães Barros, apresentou sua cidade como totalmente planejada e uma das mais novas do Brasil. “Maringá tem 64 anos de existência e tem uma população próxima à de Jundiaí. E temos um dado importante: por ter sido totalmente planejada, ela não tem favelas, mas temos nossas dificuldades: enquanto a oferta de empregos é grande, com mão de obra especializada, mas temos problemas exatamente aqui: ninguém mais quer ser coletor de lixo, e isso e um problema para nós.”
Rovera Negreiros, diretora de Planejamento da Emplasa
Dentro do desenvolvimento da cidade e na preparação de um Plano Diretor, Barros afirmou que “todo planejamento deve ser: onde estamos, o que queremos e como chegar lá”. Dentro de sua apresentação sobre Maringá, ele afirma que é uma cidade “agradável e segura para se viver e deve ser boa para trabalhar”. Para ele, todo processo de elaboração de um plano diretor participativo, tem seus problemas, pois enfrenta resistências. “Quando a população é chamada a dar opinião, nem sempre os beneficiados acabam participando.” Ele afirma que um Plano deve conter mobilidade, acessibilidade, desenvolvimento econômico, densidade demográfica.
Para exemplificar mobilidade urbana, Barros deu exemplo de Londres, que prepara os Jogos Olímpicos do próximo ano. “Os organizadores tiveram um trabalho especial desta vez. Criaram o centro olímpico num espaço onde não há estacionamento. Isso significa que, para ir aos jogos, os interessados devem fazer uso do transporte urbano. E este ano foi planejado, foi proposital”, completou ele.
Silvio Magalhães Barros, prefeito de Maringá
Perguntas e respostas
Em seguida, Portas, Barros e Rovera participaram de uma sessão de perguntas e respostas feitas pelo público em geral. Nuno Portas lembrou que uma cidade deve ter técnicos atuando e pensando para o bem estar de toda a população. Rovera acredita que o Plano deve ser bem discutido e bem elaborado para não ter polêmicas na hora da votação e aprovação.
O prefeito de Maringá afirma que “a legitimidade está acima do interesse pessoal e que é importante sermos solidários e, acredito, que solidariedade se aprende em casa, desde criança, na família. Se não for ali, isso ocorre na escola e afirmo que Maringá é uma cidade solidária, uma cidade participativa”.
Fotos: José Aparecido dos Santos
Fonte:Assessoria de imprensa da prefeitura

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