quarta-feira, 21 de maio de 2014

Funcionário ligado à oposição sindical fala sobre a greve dos ônibus.

Temendo possíveis problemas internos, este funcionário ligado à oposição sindical topou fornecer uma entrevista para o Blog Jovem Jundiaiense na condição de não ter sua identidade revelada. 

Segue a entrevista:

Blog Jovem Jundiaiense: O que os motoristas querem exatamente?
Funcionário: Reposição salarial, pois a categoria esta com um índice defasado, inclusive com uma grande perda em 2013, onde a justiça julgaria mais 3% restante de reposição, porém o sindicato que representa a categoria não entrou com ação para isso revoltando a todos.

Blog Jovem Jundiaiense: Essa briga é entre Prefeitura x Empresas ou Empresas x Funcionários?
Funcionário: Não é uma briga, mas um desentendimento antigo entre sindicato, categoria e empresas.

Blog Jovem Jundiaiense: Quanto as empresas querem oferecer e o que a prefeitura diz?
FuncionárioAs empresas oferecem 8%, a prefeitura apoia os 8%, pois antes de tudo isso fez uma jogada política anunciando a manutenção da tarifa de ônibus, tudo isso para tentar ganhar a população, assim havendo um percentual maior no reajuste, a promessa do prefeito de manter a tarifa vai por água abaixo, e por isso cá entre nós, já está tudo acertado entre o BIGARDI, empresários e sindicato para que a categoria não tenha o reajuste, assim a GREVE continua por pura politicagem da Prefeitura de Jundiaí.

Blog Jovem Jundiaiense: Por que a prefeitura diz que essa greve é ilegal?
Funcionário: Por que a greve não foi iniciado pelo sindicato, que já tava alinhado com a PMJ e estava segurando o dissídio coletivo da categoria, que ganhou esta ideia e deflagrou a greve sozinha com o apoio de 100% da categoria. Mas para a categoria não há ilegalidade, pois se fosse ilegal, o Juiz determinaria 100% da frota na rua, e como isso não foi feito ele mesmo deixou claro que a GREVE é legal até Julgamento nesta Quinta (22).

Blog Jovem Jundiaiense: Existe um racha nos sindicatos que defende os motoristas?
Funcionário: Não diria um racha, pois um racha seria dividir em partes certo ? Mas não, a categoria em peso não reconhece este sindicato pelego como representante da categoria, pois eles nunca lutaram pelos trabalhadores, perdemos muito com esta atual diretoria, e o nosso sonho e tirar eles de lá.

Blog Jovem Jundiaiense: Se houvesse aumento nas passagens como nos anos anteriores, as empresas teriam resolvido essa questão com os funcionários e a greve já teria acabado?
Funcionário: Sim, isso já teria sido resolvido, o problema que a tarifa em Jundiaí é muito cara, e o Prefeito se elegeu prometendo redução de tarifa, e até agora ele manteve, então ainda não cumpriu a promessa de redução.

Blog Jovem Jundiaiense: A prefeitura disse na greve do ano passado (que durou quase 3 dias) que não poderia dar aumento para ás empresas pois o orçamento era do PSDB, agora o orçamento é deles e ainda maior. Como eles explicaram isso aos sindicatos?
Funcionário: Simples, a prefeitura esta fazendo politica em cima disto, para manter a tarifa ela fez as contas, e assim, os salários dos trabalhadores não poderiam ter um reajuste maior do que 8%, pois a explicação que eles passam ao sindicato é que se passar de 8% o orçamento estoura, pois não há fundos para cobrir os gastos. Mas na verdade isso não confere, pois há orçamento, só não há gestão, e se houvesse já teríamos redução de tarifa e sem subsídios para as empresas que estão embolsando milhões com isto, o que nos deixa com a pulga atrás da orelha né.

Blog Jovem Jundiaiense: Existe previsão para os ônibus voltarem ao normal na cidade?
Funcionário: Não existe, apenas se o aumento for designado para os trabalhadores, e a cada dia mais ônibus para, hoje cerca de 30% roda na cidade, com funcionários contratados de última hora, sem treinamento, sem curso de transporte de passageiros, mecânicos das garagens, lavadores, tapeceiros, auxiliares de limpeza e etc.. colocando a vida do usuário do sistema, e a prefeitura não esta se preocupando com isso, os passageiros estão a deriva e eles não querem fiscalizar esta irregularidade, se fiscalizar o minimo do minimo que roda, para de circular.

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