quarta-feira, 13 de março de 2013

Não temos dinheiro para investimentos - diz secretario de finanças

Secretario foi ontem(12) explicar como estão as finanças
O recado do secretário municipal de Finanças, Paulo Galvão, foi claro para os vereadores, na noite de ontem, na Câmara de Jundiaí. Não há dinheiro para investimentos em 2013, portanto, os parlamentares terão que segurar os pedidos para o Executivo.

Mais uma vez, o secretário de Finanças afirmou que o Orçamento para 2013 deverá ficar em R$ 1,39 bilhão em vez do valor de R$ 1,6 bilhão divulgado anteriormente. Com menos dinheiro, a ordem do prefeito Pedro Bigardi (PCdoB) é rever todo o custeio e contratos da administração.

Segundo o secretário, há 6,9% do Orçamento destinado a investimentos. "É um número que vem decrescendo ao longo dos anos." Para diminuir o custeio, há ações sendo colocadas em prática, como a revisão do contrato da Cijun (Companhia de Informática de Jundiaí), que só no passado custou R$ 16 milhões aos cofres públicos. "Estamos revendo a forma de como a empresa fornece serviços e sua contratação."

Na mira da atual administração, também estão os aluguéis pagos pela prefeitura, custo de prestação de serviços da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e a realização de georreferenciamento, cujo contrato é de R$ 5,4 milhões, com serviço não concluído. O secretário salientou que não há reserva contingencial para processos em tramitação na Justiça. "Somente no Hospital São Vicente há R$ 161 milhões em dívidas tributárias e trabalhistas em discussão na Justiça." As isenções de multas para o pagamento de tributos atrasados também não terão mais vez. "Não podemos beneficiar o mau pagador."

Os vereadores não entenderam muito bem o que o secretário falou e acabaram polemizando para temas comuns. O pastor Roberto Conde (PRB) queria saber se acabariam as isenções para as igrejas. Paulo Galvão refutou a possibilidade. José Galvão Braga Campos , o Tico (PSDB), também quis saber se a prefeitura estava recorrendo dos processos contra o São Vicente, o que foi confirmado por Galvão.

Mesmo com dinheiro em caixa (R$ 33 milhões), o que preocupa, agora, é a rejeição das contas de 2011 por falta de aplicação dos 25% na Educação. "Sem a aprovação, não conseguimos as certidões para obter empréstimos estaduais e federais", explicou Galvão.

O ex-secretário de Finanças, José Antonio Parimoschi, em recente entrevista, negou irregularidades na sua pasta na gestão anterior. Segundo ele, foram aplicados 25% na educação, ao contrário do que é contestado.

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